segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Xampu Caseiro à base de Juá



Depois de longooooos meses sem uma postagenzinha se quer, rs. Volto aqui com um faça-você-mesmx do jeitinho que a gente gosta! <3
Voltamos então a saga de encontrar alternativas naturais e caseiras para os produtos que usamos no nosso dia-a-dia, e que na maioria das vezes utilizamos sem nos dar conta da dependência que criamos  e o principal, do porque.
Hoje vamos passar uma receitinha maravilinda de um xampuzinho 100% natural, que não agride nossa pele, nossos cabelitchos, não polui nossas águas e nem nossa Pachamama!
Coletamos dicas preciosas de higiene pessoal com o uso do Juá. Pra quem não conhece, o Juá é uma árvore cuja casca é rica em saponinas, estas que possuem ação detergente natural, higienizante, adstringente e antiséptica! É utilizado na fabricação de produtos cosméticos e de higiene, tais como xampus, cremes  e pastas de dente. Neste último uso ele combate as cáries, placa bacteriana, mau hálito, clareia e limpa naturalmente. Já na pele do rosto, promove limpeza e esfoliação. E nos cabelos, que é pra quem vai nossa receitinha de hoje, o Juá limpa, fortalece, combate a queda, caspa e seborreia, e controla a oleosidade. Você pode utilizar a raspa do Juá diretamente, diluindo em um pouco de água, ou ainda preparar misturas com  ervas e vegetais.
Aqui vamos ensinar a como preparar o "PasBas" (Pó Anti-Séptico Básico), que leva esse nome pois é a base para a formulação dos xampus, desodorantes, talco para os pés e pasta de dente. A ideia principal é fazer um composto rápido de confeccionar, simples de usar e fácil de transportar. Nessa formulação, é utilizado o pó de juá, cravo em pó e canela em pó.
Mas fica aberta a proposta de que cada um chegue numa fórmula de uso pessoal, usando elementos anti-sépticos e aromáticos.
 
Para o preparo do Pó Anti-séptico Básico (PasBas)
Ingredientes (proporções)
1/2 Juá; ¼ Cravo; ¼ Canela

Xampu

O principal motivo para se utilizar um xampu fitocosmético é substituir de imediato um químico muito forte e agressivo à saúde e ao couro cabeludo, o chamado Lauril Éter Sulfato de Sódio (LESS), elemento constituinte de todas as formulações de xampus convencionais. Até mesmo nos chamados alternativos comerciais, ditos naturais pelos fabricantes, encontramos o LESS. Por isso iniciar o uso dos fitocosméticos pelo xampu é importante. Comece a transformação pela sua cabeça! :)

Aí vai a receitinha:

Faça um chá com a erva de sua preferência na quantidade de uma lavada, ou seja, faça o tanto que for usar em um banho. Mais ou menos o equivalente a uma garrafinha de 200 ml de chá. Nessa garrafinha coloca-se uma (01) colher pequena (pitada) do Pó Anti-séptico Básico (PasBas) . Agite bastante e deixe esfriar. Está pronto para uso! Lave então os cabelos com todo o conteúdo preparado.

Para cabelos secos: utilize uma quantidade maior de cravo-da-índia, pois ele possui um óleo medicinal (eugenol) que ajuda no equilíbrio dos cabelos mais secos;

Para cabelos oleosos: use mais canela no lugar do cravo;

Para cabelos mistos: use cravo e canela em equilíbrio.

Para todos os tipos de cabelos, utilize sempre o Juá em maior quantidade, que é neutro e bastante anti-séptico, rico em saponinas, elementos que produzem espuma.

E ainda existe uma alternativa ao Juá, chamada Saboneteira ou Árvore-do-sabão, que possui na sua composição elementos que produzem espuma e causam limpeza com um forte efeito anti-séptico. Nesse caso usa-se a casca do fruto que envolve a semente, diretamente sobre o chá da erva escolhida. Uma casca serve em média para 3 lavagens.

As ervas recomendadas e testadas para xampus são: Alecrim; Arruda; Bardana; Camomila; Gengibre; Jaborandi e Sálvia.

Um produto a menos! E se você tiver sua própria receitinha caseira, compartilhe com a gente!

"Quanto menos eu preciso, melhor eu me sinto." Charles Bukowski

Texto adaptado
http://www.veggietal.com.br/jua-higiene-natural/
http://caroldaemon.blogspot.com.br/2011/06/pasbas-plantas-flores-e-especiarias.html

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Colares com pedras


Quartzo azul e Ametista

Ágata (Cornalina)

Calcita

Sugilita

Sodalitas e Quartzo Azul

Feitos sob encomenda. Pedidos pelo email rednasynila@gmail.com

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Carta aberta à Margarida

“Maternite” (1963), de Pablo Picasso (*)

Pra quem não sabe  quem é a Margarida leiam aqui, a publicação original foi retirada do ar. No final deste post tem o print da postagem.



"Margarida, querida, li seu blog ontem (Revista Pais & Filhos, a publicação foi retirada do ar, tem o print da postagem é esse aí em cima). Fiquei muito preocupada com você. Não por estar “passando fome”. Mas por ter sido enganada. Acho que não é bom para um bebê –ou para qualquer pessoa– ignorar fatos tão importantes e essenciais para sua própria vida, especialmente se esse engano é fruto de informações distorcidas que favorecem –ó, por acaso– indústrias milionárias, que ganham dinheiro por aí incentivando mães a fazer da exceção a regra.

É por isso, querida, que resolvi escrever esse pequeno texto para você. Vou ser objetiva, tá? Para começar, você pode não estar com fome. Bebês choram por muitos motivos, a maioria não relativos a condições fisiológicas. É engano de adultos achar que, se a criança estiver alimentada e limpa, não deve chorar. Choro é tudo o que alguém da sua idade tem de recurso para se expressar. Se quiser colo, se quiser sair do berço/carrinho, se sentir medo… vai chorar. Simples.

Se você estiver mesmo com fome, tenha certeza absoluta de que não é por causa de “leite fraco” ou “pouco leite”. Essas coisas são tão reais, meu bem, quanto o Papai Noel, o Saci, o Bicho Papão e as Princesas Disney. Mães, salvo raríssimas exceções (mulheres com problemas fisiológicos cientificamente diagnosticáveis), são sempre capazes de produzir leite para seus filhos. Somos mamíferos, sabe? Mamamos ao nascer. Portanto, nosso corpo, se saudável, está apto a produzir leite. Essa é a regra. E não fui eu quem inventou. Tem sido assim desde que surgimos por essas bandas. E deu certo. Dizem que nossa espécie tem cerca de 70 mil anos. O leite artificial é uma invenção bem mais recente, que começou a “vingar” mercadologicamente falando há coisa de 40 ou 50 anos atrás. Amamentar, querida, não é “moda”. Pelo contrário. É sobrevivência. Sorte dos bebês é que, apesar dos esforços da indústria, cada vez mais mães estão se dando conta disso.

Aí você pode argumentar, Margarida, que hoje em dia muitas e muitas mães sentem que têm pouco leite, seus bebês não engordam como prevê o pediatra, não dormem o previsto entre uma mamada e outra e acabam engordando “bem melhor” depois de introduzido o leite artificial na amamentação. Ok, isso é uma meia-verdade. De fato, essas coisas acontecem, mas não pela razão que fizeram você acreditar. Eis os motivos verdadeiros (ou, pelo menos, comprováveis pela ciência e divulgados por pessoas bem mais isentas que a indústria do leite artificial, como o estudioso de amamentação e pediatra catalão Carlos González, que não ganham nem um centavo a mais quando uma mãe consegue amamentar seu filho):

1) Estamos perdendo o elo com o que é natural e fisiológico, com conhecimentos que eram transmitidos de geração em geração quando vivíamos de modo mais simples. Pediatras –e mulheres mais velhas– não explicam para as novas mães coisas básicas de sua própria fisiologia, que ajudariam muito a estabelecer uma amamentação eficiente e que eram conhecimentos disponíveis às mulheres antigamente. Ao contrário, o mundo cheio de pressa diz às mães que o “certo” é amamentar por 10 ou 20 minutos em cada peito, de três em três horas. González diz que o estabelecimento dessa regra –sem o mínimo apoio científico ou embasamento comprovável– foi o golpe de misericórdia na amamentação. Porque, para a sua mãe produzir leite materno adequado à sua necessidade, Margarida, é preciso que você mame em livre demanda, que fique “pendurada no peito” o tempo inteiro, por quanto tempo quiser, especialmente nas primeiras semanas. O contrário disso aí que recomendam na maternidade e na pediatria, em geral. Sua mãe sente que tem pouco leite (e talvez até produza menos do que você precisa) porque você mama pouco. A glândula mamária produz na medida do que é estimulada. Pouco estímulo resulta em pouco leite e vice-versa.

2) Outro problema é estabelecer uma regra de “engorda” que precisa ser seguida semanalmente. Tem bebês que não engordam muito no começo mesmo. Outros engordam mais. E isso não é necessariamente um problema. Enquanto mãe e filho estão se conhecendo e organizando o início da amamentação, não seguir a tabelinha de engorda do pediatra à risca não significa que o bebê passa fome ou que terá prejuízo futuro. Sem contar que a tabela é feita com base no que engordam os bebês na média. Se hoje a média dos bebês toma leite artificial, que engorda mais, é natural supor que a média suba. O que, de novo, não significa dizer que o bebê mais magro não esteja recebendo alimento adequado. Ao contrário, ele “só” está sendo alimentado por um leite menos gordo e, portanto, mais saudável (vamos voltar a isso, peraí).

[Adendo às 00h53 de 28/11: nos comentários, a Luara Almeida esclarece que as novas curvas de crescimento da OMS, de 2006, são agora baseadas em bebês alimentados por leite materno. Obrigada pela contribuição. Tomara que isso reduza as expectativas gerais de ganho de peso em recém-nascidos, ainda elevadas, um dos principais argumentos usados por especialistas para "identificar" "leite fraco"]

Resumindo, Margarida: se uma mãe acha que produz pouco leite, ao invés de dar o artificial, o ideal é que bote o filho em tempo integral no peito. Isso resolve a imensa maioria dos casos, pois a “pouca” produção deriva apenas do “mau” uso do equipamento. Bebês engordam mais quando tomam LA, mas isso é bom? Crianças engordam quando comem batatas fritas e tomam refrigerante… Crescer e se desenvolver adequadamente é uma coisa, e há muitos fatores que identificam se esse desenvolvimento está acontecendo, não apenas uma tabela de peso influenciada por padrões de engorda artificiais.

E, para encerrar, querida, que já me alonguei demais, quero registrar que o leite artificial não é nada parecido com o materno. O leite materno é o único alimento completo e indicado ao recém-nascido, não só porque tem as doses exatas de proteínas, carboidrato e gorduras de que um bebê humano precisa, mas porque é composto por mais de uma centena de componentes impossíveis de se replicar no leite artificial. Além disso, transmite ao filho uma infinidade de anticorpos. E, o que é mais impressionante, como não é industrializado e padronizado, cada leite de cada mulher é único, específico para aquele bebê, transmitindo a ele anticorpos adequados às doenças encontradas em seu entorno.

Quer mais um dado interessante? A Alfa-lactoalbumina, uma das principais proteínas do leite materno (representa entre 10% e 20% da proteína total) protege contra mais de 40 tipos de câncer. Isso só para te dar alguns exemplos. A ciência, quanto mais estuda, mais comprova o que nossos antepassados já sabiam. Não precisamos de LA, Margarida. Quase nunca. Só em casos excepcionais. Nossos quase 70 mil anos de vida sem indústria de leite não me deixam mentir.

PS: quando vir a Maria novamente, explica para ela parar de pressionar sua mãe, que precisa é de apoio. Pesquisa recente, publicada na reputada Pediatrics, mostra que a ansiedade prejudica a amamentação exclusiva. Taí outra explicação para o número crescente de mães que acham que não podem amamentar.

Boa sorte para você e tomara que sua mãe encontre ajuda em alguns dos vários grupos de apoio à amamentação, como esse, esse ou esse aqui."

print do post da "Margarida" no site da Revista Pais&Filhos
(*)  A imagem do gênio espanhol veio daqui.


fonte da Carta aberta à Margarida http://maederna.wordpress.com/2013/11/27/carta-aberta-a-margarida/

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sabonetes feitos em casa, produção de hoje!


Produçãozinha de hoje! Sabonetes de Glicerina feitos em casa. Faça o seu! Receitinha aqui.


Sabonete de Glicerina com essência de Alfazema
Sabonete de Glicerina Esfoliante de Argila Cinza com essência de Baunilha

Sabonete de Glicerina com Erva-doce

Xampu de Camomila com Mel e Sabonete Líquido Íntimo de Aroreira


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Coletor Menstrual: alternativa ao uso de absorventes descartáveis e de pano.


O coletor menstrual é uma tecnologia íntima bastante conhecida na Europa há mais de 80 anos, e que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Trata-se de um copo de silicone medicinal hipoalérgico e antibacteriano, ajustável ao corpo, que coleta o sangue da menstruação sem deixar vazar.
Também conhecido como copo menstrual, o instrumento é confortável e se adapta facilmente ao corpo feminino, devido ao seu material flexível. Ao ser introduzido no canal vaginal, forma um vácuo, que impede a entrada de ar, evitando vazamento e mau odor - já que o sangue menstrual só produz cheiro quando entra em contato com o ar. Isso permite que as mulheres possam finalmente dar adeus aos absorventes ou a qualquer tipo de tampão íntimo durante o período menstrual, ficando livres de alergias, poupando o meio-ambiente e o dinheiro gasto com absorventes.


COLETOR X ABSORVENTES

O copo menstrual possibilita a livre movimentação e a prática de atividades físicas (inclusive natação) sem incômodos ou vazamento. Também vale lembrar que alguns absorventes externos fazem uso de componentes perfumados - para evitar o odor desagrádavel - que podem trazer irritação para o órgão genital. Ou seja, as mulheres que têm alergia aos componentes dos absorventes externos ou internos não correm o mesmo risco com este método, já que o coletor é feito somente de silicone medicinal.
As mulheres que tendem a ter infecções vaginais com frequência não precisam se preocupar com o coletor. Este tipo de problema costuma se agravar com o uso dos absorventes internos, que absorvem o sangue, mas continuam mantendo-o em contato com a pele, aumentando o risco de infecções. Já os coletores, apesar de também serem internos, não absorvem o sangue, que passa a ficar em contato com o recipiente e não com a pele. Sendo assim, o risco de infecção é bem baixo, e seu uso recomendado por diversos ginecologistas.
O coletor menstrual funciona como um copinho, que é inserido na vagina e recolhe o fluxo menstrual. Ele é feito normalmente de silicone medicinal e, por isso, é bem flexível. Seu formato parece um cálice, cuja haste fica próxima do final da vagina. O objetivo é facilitar a retirada do coletor com as mãos. Como a única utilidade da haste é essa, algumas mulheres, com boa habilidade da musculatura vaginal, cortam a haste por completo e expelem o copinho com a força do músculo.


UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL

O coletor menstrual não é descartável, podendo ser usado durante 4 a 10 anos, dependendo do cuidado dispensado ao produto. Ou seja, o copo é reutilizável durante todo período menstrual, só precisa ser lavado a cada doze horas , mesmo para quem tem o fluxo forte, e ainda pode ser usado no próximo ciclo. A higienização do coletor é feita de maneira bem simples, lavando apenas com água. No final do ciclo menstrual, o produto deve ser lavado com água fervente e, em seguida, guardado em local limpo.
As mulheres de hoje em dia estão ficando cada vez mais preocupadas com a qualidade de vida e com a substituição do tóxico e do sintético pelo natural e saudável. Um dado interessante é que cada mulher utiliza em média uma tonelada de absorventes durante toda a sua vida, e cada um levará cerca de 100 anos para se degradar por completo na natureza. Já o coletor pode ser utilizado durante anos, resultando em uma interferência ambiental incomparavelmente menor.
Uma pesquisa realizada pela Fine Marketing, encomendada pela marca brasileira líder no mercado de coletores menstruais, apontou que 83% das mulheres entrevistadas aprovaram o produto e aderiram ao hábito. O estudo foi feito com 146 mulheres, em julho de 2011, no Brasil. As entrevistadas não conheciam o coletor até então, e ainda utilizavam absorventes externos e internos.


CURIOSIDADE

Historicamente o absorvente feminino passou por várias modificações. Dizem que na Grécia antiga as mulheres chegaram a usar um pedaço de madeira envolto por um paninho, que era introduzido na vagina. No início do século XX eram utilizadas toalhas e fraldas, e só depois surgiram os absorventes que conhecemos hoje, que por sua vez foram evoluindo para absorventes com abas, com aroma e revolucionando até o surgimento do coletor menstrual.
Mas antes de iniciar o uso dos coletores, é importante consultar seu médico. A Drª. Cátia Chuba, médica ginecologista, nos alerta sobre as restrições do uso do coletor: "Em mulheres que nunca tiveram relação sexual, a inserção e a retirada do coletor pode eventualmente causar o rompimento do hímen. E, por esse motivo, o uso não é recomendado. Também não indico utilizar o produto no pós-parto, já que o corpo da mulher leva um tempo para se recuperar. Nessa fase, o colo do útero pode ainda não estar completamente fechado, podendo causar inflamação. A partir da primeira menstruação, depois da quarentena, o coletor já poderá ser utilizado. Tirando essas duas contraindicações, eu indico o uso do coletor menstrual. Afinal, o produto traz diversos benefícios, como todos que já foram citados. Além disso, também oferece conforto e praticidade, não altera o PH da flora vaginal, e possibilita uma melhor ventilação na região - diferente dos outros absorventes externos e internos. O coletor ainda é fácil de carregar e de higienizar", explica a especialista.

COMO USAR



O sangue menstrual é rico em nutrientes. Você pode ainda usa-lo diluído em água para regar as plantinhas de casa, ou simplesmente ao invés de 'descarta-lo' no vaso sanitário ou em qualquer outro lugar, devolve-lo a terra como forma de agradecimento. Nas culturas baseadas na Terra, era a mulher quem conferia fertilidade ao solo deixando seu sangue menstrual fluir em direção ao chão, enquanto caminhavam nuas pelos campos, arados e bosques.O ato de oferecer o sangue menstrual à Terra é uma poderosa ferramenta mágica capaz de despertar o poder interior da mulher e reconectá-la com a força de sua ancestralidade feminina e natureza.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Alternativa ao uso de anticoncepcionais parte 2 - Sagrado Feminino


Continuando o  post anterior (leia aqui) sobre métodos alternativos ao uso da pílula anticoncepcional está a filosofia do Sagrado Feminino (a qual me identifiquei e acredito não ser uma alternativa mais sim um verdadeiro resgaste do poder feminino), quando a mulher começa a conhecer melhor seus ciclos fisiológicos, assumindo seu lado cíclico, harmonizando a vida como um todo. Começamos então a colocar em prática o método dos ciclos menstruais, cuja finalidade é promover equilíbrio interior e entendimento de seus comportamentos, escolhas e sentimentos, além de favorecer o amor próprio, a autoestima e consequentemente tornar você mais feliz e bonita. Conhecendo e entendendo o comportamento cíclico menstrual teremos total controle sobre a nossa fertilidade, podendo auxiliar quando preciso com o uso de preservativos.

O Diário da Lua Vermelha, o que é?

O Diário da Lua Vermelha é um caderno no qual você colocará todas as informações sobre seus ciclos fisiológicos femininos, assim como suas emoções, pensamentos, sonhos e situações diárias. Nos primeiros quatro ou seis meses, é indicado escrever todos os dias no diário, para que a compreensão sobre seus ciclos seja mais completa.

Na hora de escrever, busque fazer uma associação com a fase que se encontra e as emoções, como possíveis mudanças de humor durante a 'TPM', por exemplo. Anote também seus comportamentos e pensamentos em determinada ocasião. Depois compare essas anotações com as que foram feitas em outros meses, e veja em quais fases tende a repetir as mesmas atitudes. Dessa forma, você chegará mais facilmente à conclusão de como age em cada fase do seu ciclo.

No entanto, vale reforçar que além do padrão de comportamentos de cada ciclo, ainda existe o seu momento atual, que pode afetar determinadas fases, como o término de um namoro, conflitos pessoais, ansiedade por algo que está prestes a acontecer e diversos outros fatores da vida de cada um.

Ciclo menstrual e as estações do ano
No seu Diário da Lua Vermelha, você também pode associar os seus ciclos às estações do ano. Na cultura da filosofia pagã, as mulheres acreditam que toda manifestação da natureza exerce influência sobre nós. Portanto, é interessante associarmos as mudanças dos ciclos da terra aos nossos. Nesse método, dividiremos o ciclo fisiológico feminino em quatro partes, assim como as estações do ano. São eles:

1 - Fase Lútea (corresponde ao período menstrual)
2 - Fase Folicular pós-menstruação (até 14 dias após a menstruação)
3 - Fase Ovular ou período fértil (do 14º ao 18º dia após a menstruação)
4 - Fase Folicular pré-menstruação (cerca de 19 dias após a menstruação até o primeiro dia do próximo ciclo menstrual)

- Período menstrual (Fase Lútea) corresponde ao inverno no corpo da mulher: durante a menstruação, a mulher tende a ficar mais quieta, com menos disposição para trabalhos braçais ou que requerem gastos de energias física ou mental em excesso, semelhantes à estação mais fria do ano. As atividades preferidas nesse momento costumam ser assistir filmes, ler livros e refletir a respeito da vida, no aconchego de casa.
Neste período há também uma maior tendência à chateação, além de menos motivação para correr atrás dos objetivos. As vantagens do período menstrual para muitas mulheres é que, assim como no inverno, as ações nessa época estão mais ligadas à sobrevivência, com mais foco no “aqui e o agora”. Nessa fase a mulher tende a ficar mais racional e lógica. É a época ideal para pensar a respeito daquilo que nos incomoda e encontrar soluções para essas situações.

- Fase Folicular pós-menstruação (até 14 dias após a menstruação) corresponde à primavera no corpo da mulher: com a finalização da fase menstrual, na qual a mulher passa por emoções fortes e entra em contato com todo lixo emocional que guarda em si, ela floresce e começa um período de mais tranquilidade e equilíbrio para exercer as tarefas, que pode ser comparado com as características presentes na primavera. Essa fase oferece mais disposição, vitalidade, criatividade e função mental mais aguçada.

- Fase Ovulatória ou Período fértil (do 14º ao 18º dia após a menstruação) corresponde ao verão no corpo da mulher: nessa fase a mulher tende a ter mais vontade de curtir seus dias, sair com os amigos, produzir no trabalho, falar e se comunicar melhor. É como se ela estivesse em “férias de verão”. A mulher consegue nesse momento deixar suas atividades fluírem em um ritmo gostoso. O coração parece ficar mais amoroso, a libido mais alta, e a compreensão e a bondade podem preponderar. Mas vale reforçar que o surgimento dessas características depende da personalidade de cada uma.

- Fase Folicular pré-menstruação (cerca de 19 dias após a menstruação até o primeiro dia do próximo ciclo menstrual) corresponde ao outono: assim como a Fase Folicular pós-menstruação, a fase folicular pré-menstruação também pode deixar a mulher mais cansada e com menos motivação. Esse período pode ser facilmente comparado ao outono, que possui noites mais longas que o dia, o que pode sugerir uma predisposição maior ao sono e ao descanso.
Também é neste ciclo que a mulher vive a famosa TPM, fase ideal para observar seus conflitos internos, descobrir quais situações “engoliu” sem perceber ou fizeram-na se acomodar. Nesse período, experimente tirar algumas horas extras de sono, pois o organismo pede por descanso para se recompor com mais facilidade, já que o metabolismo está mais lento e até mesmo as atividades devem ser feitas com mais calma e sem pressa. É preciso ficar atenta aos julgamentos, pois nesse período você tende a ficar mais pessimista, detalhista e crítica. Não compare seu rendimento dessa fase com o de outras, pois nesse período você realmente ficará mais lenta, então o ideal é aceitar seu momento para não se frustrar. A vantagem é que sozinha você tende a desabrochar em ideias e criatividade, além de ter mais facilidade em encontrar a solução de qualquer problema, pois tudo ficará mais claro, até mesmo o que antes não queria enxergar.

Enquanto a Terra leva um ano para sentir as mudanças de cada estação, as mulheres passam pelas mesmas transformações a cada 28 dias. E quando elas aprendem a tomar consciência dessas fases e procuram entrar em sintonia com seu corpo e emoções, a vida passa a fluir com mais equilíbrio.

Ciclos Menstruais e Fases da Lua
Um outro método que também poderá usar no seu Diário da Lua Vermelha é a associação do ciclo fisiológico feminino que se encontra (Fase Lútea, Folicular ou Ovulatória), com a fase da Lua no céu. Esse é um método milenar muito sábio, usado pelas sacerdotisas celtas antigas e xamãs. O método costuma ajudar a compreender as próprias emoções e tomar decisões diferentes a cada ciclo.

Para isso, você deverá prestar atenção ao seu período fértil, ou seja, sua Fase Ovulatória. Depois observe qual fase da Lua coincide com o seu ciclo. Se for Lua Cheia, Crescente ou Minguante, então você pertence ao “Ciclo da Lua Branca”. Já se o seu período fértil corresponde à Lua Nova, então você pertence ao “Ciclo da Lua Vermelha”.

Veja abaixo o significado dos Ciclos da Lua Branca e Vermelha:

- Mulheres que correspondem ao Ciclo da Lua Branca: essas mulheres tendem a ter mais inspiração, energia, paixão, entusiasmo, comunicação, fertilidade e outras características maternais, seja com filhos, projetos ou vida profissional. A energia fértil dessas mulheres está voltada para o mundo material, ou seja, é por meio da aquisição de bens que geram bem-estar para si próprias.

- Mulheres que correspondem ao Ciclo da Lua Vermelha: essas mulheres tendem a ser voltadas para o seu interior. Sendo mais intuitivas e com uma visão geral aguçada, dificilmente algo passa despercebido por seus olhos, já que enxergam além do que os demais normalmente conseguem ver. Costumam ter uma sensualidade mais exótica, uma liberdade de expressão mais natural e se encaixam menos dentro dos padrões sociais. As energias dessas mulheres são mais voltadas para o mundo mental e intelectual.

Após quatro ou seis meses de anotações em seu Diário da Lua Vermelha – fazendo paralelos entre os ciclos menstruais com as estações do ano e as fases lunares - você terá um guia vivo sobre todas as características que moldam seus ciclos, o que lhe ajudará a se conhecer melhor e ter mais bem-estar e equilíbrio. Experimente!

fonte: http://odespertardofeminino.blogspot.com.br/2013/11/fases-da-lua-temrelacao-com-ciclo.html

Alternativa ao uso de pílulas anticoncepcionais parte 1 - Método Billings


No post anterior (leia aqui) falei do uso dos anticoncepcionais e a degradação que estes trazem principalmente ao corpo da mulher, e, ao meio ambiente e ao seres em geral. Mas como viver sem eles? Para as mulheres que querem ter controle de quando conceber um filho, ou para aquelas que fazem o uso das pílulas por questões hormonais para regular funções do organismo e a própria menstruação, pois tem ciclos irregulares, oque fazer?
Bom no meu caso após parir minha pequenina a 5 meses atrás (ela não foi planejada, mas é a melhor coisa que aconteceu na minha vida) eu quis logo começar a tomar um AC para pois quero curtir o máximo esses primeiros passos dela, do seu desenvolvimento, aprender todos os dias mais um pouco a ser a melhor mãe que ela possa ter, antes de conceber novamente. Então, fui ao ginecologista e ele me receitou o Cerazette, o qual eu passei a tomar 40 dias após o parto. Segundo a bula do medicamento ele é mais adequado para o uso durante a amamentação pois contém o progestágeno isolado do desogestrel, o que não atrapalharia na produção de leite. Eu nunca gostei e nem me adaptei a anticoncepcionais e a algum tempo, algumas semanas, venho estudado sobre alternativas ao uso deste pelo fator contraceptivo. Foi ai que em leituras em vários blogs começou a cair a ficha. Eu não preciso deles. Eu preciso conhecer meu corpo, vivenciar meus ciclos, ser feminina no seu conceito integral. Eu preciso e posso ser dona do meu corpo. E aí que vem, como fazer isso?
O primeiro método com o qual eu me deparei foi o Billings. O Método de Ovulação Billings é usado por milhões de mulheres ao redor do mundo. Ele foi desenvolvido pelos médicos Dr. John e Dra. Evelyn Billings e validado por renomados pesquisadores internacionais. Testado com sucesso pela Organização Mundial de Saúde, eficaz para evitar a gravidez ou alcançá-la. (a principio era o meu principal objetivo..) Ele se baseia em evitar relações sexuais em determinados períodos de cada ciclo menstrual, de acordo com a análise do muco cervical feminino; A mulher tem sensações diferentes nas fases do ciclo menstrual, devendo ficar atenta a estes sinais. Logo após a menstruação, não há formação de muco na vagina. Entretanto, ele vai surgindo no decorrer dos dias. Primeiramente, em pouca quantidade e, depois, em maior quantidade e também mais espesso. Esses são os períodos próximos à ovulação: fase mais fértil do ciclo menstrual, que ocorre na metade desse período. Quando este evento ocorre, ela tem uma sensação de umidade na região vaginal e o muco apresenta aspecto e consistência de clara de ovo. Ele tem a função de nutrir, proteger, selecionar e conduzir espermatozoides até as tubas uterinas. Assim, é nesta época em que contatos genitais não devem ser feitos, caso o intuito é não conceber.

Método de Ovulução Billings

As vantagens:
- é fácil de usar;
- simples de aprender;
- não necessita de drogas ou dispositivos sintéticos;
- não apresenta efeitos colaterais;
- não tem custo.

As desvantagens
- é contra-indicado para mulheres que apresentem vulvovaginites (por causa da presença de corrimentos, que podem confundir a detecção do muco cervical);
- leva a evitar o sexo justamente no momento em que tudo leva a isso, com maior umidade e lubrificação vaginal, além de maior desejo sexual (decorrência da fase fértil, o que pode ser resolvido com o uso da camisinha).

Apendendo o MOB

Aprender o MOB é muito fácil. Bastará tão somente que a mulher saiba dialogar com o seu próprio corpo, ficando sempre atenta aos sinais de que ele emite através da visão do muco e da sensação de secura ou umidade na vulva que este produz.
Uma dica para facilitar esse diálogo é a mulher  perguntar-se sempre:
- Como sinto minha vulva agora?
O corpo emite sinais claros no tempo que antecede a ovulação, permitindo a mulher sentir-se segura na sua observação. No entanto, algumas mulheres sentem-se ansiosas ao iniciar o método, porque temem não conseguirem ter percepção alguma. Um exemplo fácil a ser aplicado neste caso, é o início da menstruação, a vulva neste período não está seca, a sensação que a mulher refere é de molhada ou de algo pegajoso e o sangue é visível, mas cabe salientar que a sensação da vulva molhada antecede  a visualização do sangue. A sensação na vulva é o evento  mais importante, garantindo o aprendizado a todas as mulheres, inclusive as deficientes visuais.

Materiais Necessários
-    Caneta ou lápis de cor.
-    Papel para registro do gráfico.
-    Suas observações.

Como realizar as observações
As observações são realizadas ao longo do dia, durante as atividades habituais: trabalhar, andar, praticar exercícios. Na posição em pé e com a movimentação do corpo, o muco cervical deixa o canal vaginal, alterando a sensação na vulva, porém é importante lembrar que nem sempre o muco é visível.  A mulher identifica a sensação na vulva e posteriormente realiza a inspeção do muco se possível. Não devem ser realizados exames internos, já que a  vagina é sempre molhada e essa atitude pode ocasionar confusão. O muco deve ser  visualizado  naturalmente, na roupa íntima, ao higienizar-se e/ou durante as eliminações fisiológicas.
A mulher se mantém em sintonia com seu corpo, tornando-se automático e harmônico memorizar as mudanças que ocorrem, para posteriormente anotá-las.

Registro do gráfico
Um registro diário é essencial no MOB, pois facilita o reconhecimento  dos sinais da fertilidade, tornando a mulher apta e segura.
As anotações das observações são realizadas a noite, já que a sensação na vulva pode ser alterada ao longo do dia.
Foi desenvolvido um registro padrão de cores ou símbolos para recordação das observações. Manter as anotações destas torna-se rapidamente algo natural.
O registro é muito simples, requer apenas que pinte ou marque  no gráfico, a cor ou símbolo apropriado, depois escreva duas ou três palavras que descrevam a sensação produzida pelo muco e sua aparência. O importante é anotar sempre a mesma palavra para descrever a mesma sensação e aparência, estas possibilitam informações precisas do ciclo. (Ver gráficos aqui e aqui)
A medida que passam os dias, a mulher familiariza-se com suas anotações. O seu padrão de muco e as sensações que estes produzem em ciclos normais, começam a ser identificados. Caso exista alguma alteração no ciclo, como retardo ou adiantamento da ovulação, rapidamente esta também já pode ser reconhecida. As alterações no ciclo mais comuns são por: estresse, amamentação, pré-menopausa e interrupcão da medicação hormonal.

Quando iniciar o registro
Muitas mulheres acreditam que o primeiro registro deve acontecer no primeiro dia da menstruação, esta é uma prática equivocada e sem necessidade. O primeiro registro se inicia imediatamente após a aprendizagem, e sua duração para avaliação é usualmente de duas a quatro semanas. Neste período orienta-se a mulher ou o casal a abster-se de todo contato genital, chamado de silêncio genital, desta forma as observações não são prejudicadas pela secreção proveniente da relação e contato genital, que podem retardar o aprendizado.
A partir deste período, informações valiosas do ciclo menstrual serão identificadas, permitindo o reconhecimento de quando se está potencialmente fértil e quando se está infértil.
A familiarização com as observações e anotações tornarão a mulher mais segura.

Observações na vulva
Sensação – esta é a observação mais importante.
Toda mulher experimenta alguma sensação na vulva. O muco cervical necessariamente produz uma sensação ao deixar o canal vaginal, que ao longo do dia, nas atividades diárias, a mulher o observa, ou pode ser treinada a observar. Esta pode ser de secura (nenhuma sensação) ou de molhada.

Os termos habitualmente utilizados são:
- Seca – nenhuma sensação
- Molhada – esta sensação é  variável, de acordo com o momento do ciclo menstrual. Existem duas  sensações experimentadas específicas, a mulher não se sente seca, descrita como algo pegajoso, molhada/pegajosa, e a sensação de algo que molha, descrita como algo que é escorregadio na vulva, molhada/lubrificada ou molhada/escorregadia.

- Aparência – Ao sentir a presença do muco e se possível observação visual. Os termos habitualmente utilizados são:
- Cor - opaco, turvo, claro, transparente, borra(quando está manchado de sangue), presença de fios.
- Fluidez -   espesso, grosso, aquoso, fino
- Quantidade - pouca, média e grande.

O fator quantidade é muito variável, pois é dependente da produção de muco de cada mulher.
A mulher não deve se apegar a essas descrições, pois são somente sugestões. Utilizar suas próprias palavras a cerca das sensações e aparência do muco, podem facilitar a observação, aprendizado e segurança, que posteriormente serão utilizadas no registro.
A descrição não precisa ter sentido para outras pessoas, simplesmente devem ser anotadas e posteriormente explicadas para uma instrutora qualificada.
Cabe relatar, que muitas mulheres, ao receberem as informações básicas do MOB, surpreendem-se nas anotações iniciais, pelas diferentes sensações observadas e de como o diálogo com seu corpo é verdadeiro.

Interpretacão do gráfico 
A interpretação do gráfico deve ser evitada a princípio, para não ocasionar ansiedade ou até mesmo interpretações equivocadas. É impar ressaltar que  o MOB não trabalha na observação de um dia ou outro, não são as características do muco observado que me garantem infertilidade no dia da anotação em questão, e sim o estudo de um padrão evolutivo da sensação, proveniente da produção do muco cervical e suas características, permitindo reconhecer o potencial de fertilidade.

Padrões de fertilidade e infertilidade
Os dias inférteis são reconhecidos pela mulher através da  observação de uma sensação sem mudança em sua vulva, dia após dia. A esta característica no ciclo dá-se o nome de Padrão Básico de Infertilidade (PBI) e seu período ocorre do final da menstruação até o início de seus dias férteis.

Existem dois tipos de padrão básico de infertilidade:
1) PBI  seco - reconhecido como uma sensação de secura sem mudança e nenhuma presença de muco (a usuária não vê nada e não sente nada).
2) PBI de fluxo - reconhecido como uma sensação molhada/pegajosa e geralmente o muco é visível, ambos não sofrem alteração com o passar dos dias ( a usuária sente e geralmente vê dia após dia a mesma coisa, sem mudanças, o mesmo em cada ciclo).  Algumas mulheres, podem observar a presença de um fluxo, porém sente-se secas.

O PBI seco já pode ser determinado durante a anotação do primeiro ciclo de registro das observações.
No PBI de fluxo, se faz necessário a anotação de 1 a 3 ciclos, para  identificação com confiança do ponto de mudança, produzida pelo muco de tipo fértil e sua sensação proveniente. É importante acrescentar que os 3 ciclos estudados para o processo de identificação e confiança  do ponto de mudança, não é necessária a abstinência sexual dos mesmos, a abstinência ocorre somente no período pré-ovulatório, pois a mulher já está apta em reconhecer seu dia ápice.

Ponto de mudança
O início da fase fértil é identificado com a mudança do PBI, a mulher aprende a identificar o ponto de mudança entre período infértil  e sua passagem para o período fértil. De acordo com o PBI da mulher as suas observações serão as seguintes:

PBI seco - a indicação do início da fertilidade, é a mudança da sensação na vulva, de seca para não mais seca e poderá ser visível um tipo de muco opaco, pegajoso, espesso. Muitos acreditam que este muco indica infertilidade, porém esta é uma crença equivocada, pois no PBI seco, a presença de muco é a sinalização que o tampão protetor de muco, que mantinha  a cérvix fechada e protegida desprendeu-se da mesma, tornando-a aberta para a entrada dos espermatozóides.

PBI de fluxo-  a indicação do início da fertilidade é a mudança de sensação na vulva, de molhada/pegajosa para molhada/lubrificada  ou  molhada/escorregadia, a percepção na mudança das características do muco, podem ser visíveis ou não, porém a sensação será sempre identificada.

Padrão fértil do muco
No padrão fértil do muco, ocorrem mudanças diariamente, existe uma progressão na sensação (padrão evolutivo do muco).

PBI seco- o padrão evolutivo descrito é de seca, molhada/pegajosa até molhada/lubrificada.

PBI de fluxo- molhada/pegajosa até molhada/lubrificada .

Em ambos, pode ser  possível a observação de fios transparentes ou turvos de muco até o sintoma Ápice. Esta época, também está associado  com maior sensibilidade e inchaço na vulva e a palpação no gânglio linfático inguinal.
Cabe ressaltar novamente, que o mais importante não é o que se vê e sim a sensação experimentada, pois mesmo sentindo-se muito molhada, muito pouco ou nenhum muco pode ser visível.

As usuárias do MOB descrevem o muco fértil de inúmeras maneiras, claro, liso, turvo, manchado de sangue, pouco rosado, cor de café (borra), amarelo e com graus variados na quantidade. Algumas mulheres antes de se conhecer, ficam desanimadas, pois esperam ver um tipo de muco que se parece com clara de ovo cru, esquecendo-se que as características visualizadas é dependente da individualidade.
Ao iniciar o uso do MOB, a mulher necessita compreender que a observação é  do ciclo como um todo, o foco do estudo é o padrão evolutivo do muco e não observações isoladas, não há como determinar infertilidade, somente pela visualização de um tipo de muco espesso, ou seja, informações isoladas não  asseguram interpretações seguras.

Sintoma Ápice
É definido como o último dia da sensação molhada/escorregadia.
Esta é  a sensação mais importante experimentada pela mulher, pois a ovulação ocorre muito próxima da ocorrência deste ou até 48 horas após o sintoma, este é o dia mais fértil do ciclo, mesmo que o muco não seja visualizado, a sensação de lubrificada está presente.
Cabe ressaltar, que algumas mulheres acreditam que o dia mais fértil do ciclo, é o dia de maior quantidade de muco, isso é uma crença infundamentada.

Reconhecendo o Ápice
O dia ápice somente se determina no dia seguinte, quando não há mais sensação  molhada/escorregadia, é algo retrospectivo. Quando a mulher retorna a identificar a sensação na vulva, como seca ou molhada/pegajosa, semelhante a de antes do ponto de mudança, precisamente pode dizer: - ontem foi meu dia ápice.
Está é a regra de ouro do ciclo.
Após o dia ápice a mulher é fértil mais 3 dias completos.

Regras Básicas do MOB
O MOB é um meio natural, para evitar ou conseguir a gravidez, ou seja, todas as regras aplicadas são comportamentais, com fundamentos científicos seguros e confiáveis.

Regras para o evitar a gravidez
Regra dos Primeiros Dias ( antes do ápice )

1) Regra 1-  Durante a menstruação, em dias de abundante sangramento, evitar relações sexuais.

2) Regra 2- Durante o PBI, manter relação sexual em noites alternadas .

3) Regra 3- Evitar a relação sexual em qualquer dia de muco ou sangramento que interrompa o Padrão Básico de Infertilidade. Qualquer mudança do PBI (sensação e/ou aparência ou algum tipo de sangramento), é aplicado o  "Esperar para ver". Abstém-se de relação sexual, para esperar um padrão de evolução do muco até identificação do dia ápice (Regra do Ápice). Se não for possível a identificação, após observar o retorno de três dias de PBI, está liberada a noite do 4º dia para reiniciar as relações sexuais, se mantém a Regra 2.

Regra do Ápice
Identificado o dia ápice, esperar 3 dias completos para iniciar relação sexual.

Do quarto dia após o ápice, até o final do ciclo, o período é de infertilidade, as relações sexuais estão liberadas e não há necessidade de aplicação das regras comportamentais.

Eficácia do MOB
O índice de gravidez relacionado ao método é menor que 1%. O índice total de gravidez varia de menos de 1% até números maiores, de acordo com a escolha dos casais usando o método.

Saiba mais em http://fertilidadeinteligente.blogspot.com

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pílula Anticoncepcional: você nem o planeta precisam dela.


Hoje em dia a pílula ainda é promovida como uma forma de “controlar nossa vida”. Enquanto o verdadeiro sentido de “ter o controle” procede de conhecer como funciona nosso corpo, valorizando as mudanças rítmicas mensais como oportunidades de auto-conhecimento e cuidado consigo mesma, assim como o acesso às profundas fontes de poder que o ciclo nos revela. Esse "controle" é nosso, não cabe a algo e nem a ninguém (anticoncepcionais e indústria farmacêutica) que não a nós mesmas. Isso sim é verdadeira liberdade sobre nossos corpos.

Sobre os efeitos das pílulas anticoncepcionas:

"Infelizmente muitos médicos não informam suficientemente os efeitos secundários, nem as contraindicações. Às vezes dizem algo a respeito mas de forma muito rápida. Existem alguns médicos que não são partidários da pílula, porem são eles poucos e dispersos. Falar contrariamente à pílula no âmbito sanitário é visto como um suicídio profissional.”  Alexandra Pope

Levamos 50 anos de uso, abuso e mitificação da pílula anticonceptiva.
- 50 anos medicando com hormônios sintéticos e alterando o sistema endócrino de mulheres saudáveis.
- 50 anos ocultando e mentindo sobre os efeitos secundários da pílula nas mulheres, no meio ambiente e na sociedade.
- 50 anos politizando a pílula anticonceptiva como bandeira de um tipo de feminismo deixando de lado outras formas de evitar a gravidez eficazes, inócuas e respeitosas com o corpo feminino.
- 50 anos, somando-se a séculos anteriores, estigmatizando e desinformando sobre o verdadeiro valor físico-psíquico da menstruação e o poder que sua conexão oferece às mulheres.
- 50 anos insultando a nossa natureza e à quem estamos unidas mediante os ciclos sagrados.

Porém isso, começando pelo monopólio de informação oficial a respeito, está acabando e cada vez mais especialistas estão questionando esses medicamentos e mais e mais mulheres abrem os olhos para conhecer e fazer justiça a seu corpo.
A australiana Alexandra Pope, autora de “The wild gene” e co-autora de “The pill: are you sure it´s for you?” 'converteu-se' em uma especialista sobre o poder do ciclo menstrual e o caminho desde a menarca até a menopausa.

Segundo Alexandra Pope os efeitos secundários da pílula anticoncepcional são muitos. Depressão, mudanças de humor, perda da libido, aumento de peso, etc. Afeta em geral a saúde, incluindo o debilitamento da função imunológica, devido a disfunção nutricional que provoca no nosso organismo. As mulheres que tomam a pílula e outros contraceptivos hormonais podem experimentar vários desses efeitos ao mesmo tempo. A pílula também afeta a fertilidade. Depois de deixar de tomá-la a menstruação pode demorar muito em voltar e atrasar bastante a concepção. Menos comuns, porém mais sérios, são os efeitos secundários como a osteoporose, trombose, câncer de mama e do colo do útero.
Outra consequência bem séria e pouco discutida se deve ao fato da pílula provocar a estrogenização do meio, já que seus resíduos hormonais são impossíveis de filtrar e os resíduos que ficam na água passam para a cadeia trófica, principalmente pela urina.
A pílula e outras forma de anticoncepção hormonal com estrógenos como a anticoncepcional de emergência (DIAD), o emplastro e o anel, foram especialmente desenvolvidos para transtornar o funcionamento natural do sistema endócrino da mulher. No entanto, também atua como desregulador endócrino quando é vertido no meio ambiente através das águas residuais. Esta demonstrado que esses produtos químicos afetam tanto a fauna marinha como os humanos. A exposição a esses disruptores estrogênicos do sistema endócrino durante um ciclo vital inteiro tem causado em algumas famílias de peixes uma incapacidade reprodutiva completa em somente uma geração. A agência de Meio Ambiente Britânica estudou 10 rios durante um período de 5 anos. Os estudos mostram que o estrógeno na urina, procedente da pílula, que havia chegado aos peixes através das águas residuais, afetava a 50% dos peixes do sexo masculino ao produzir óvulos em seus testículos e muitos haviam desenvolvido também órgãos reprodutivos femininos. Além disso se observaram efeitos no comportamento; por exemplo, nos ratos, expostos antes e depois de nascer, mostravam comportamentos anormais em sua vida adulta. Temos evidências para afirmar que a exposição a estrógenos no meio ambiente pode ter efeitos adversos nos humanos. Por exemplo, o dramático decréscimo do número e qualidade de esperma, o aumento na incidência de câncer de mama e de próstata, a puberdade prematura, e o aumento na incidência de endometriose.

(entrevista com Alexandra Pope)
O que acontece com o hormônio ethinylestrodiol?

Um dos principais temas de investigação recentes é o impacto no meio ambiente de alguns dos mais recentes anticonceptivos hormonais. O adesivo e o anel de alguns dos mais recentes anticonceptivos pode provocar maiores riscos ambientais depois de ser descartados que pelos próprios estrógenos na urina. Um adesivo usado e despejado no lixão ou enviado ao riacho pode danificar a fauna pois continua desprendendo o hormônio ethinylestrodiol. Como vimos, os anticonceptivos hormonais podem ter efeitos que vão mais além da própria mulher individual que os utiliza.

Quem ganha com a implantação global da pílula?

As empresas farmacêuticas. (óbvio) É um produto muito rentável para elas. Para os médicos também é muito rentável. Simplesmente receitam o mesmo quando se acaba. Para as mulheres que demonstram preocupação receitam outra marca de pílula e pronto. Infelizmente muitos médicos não informam suficientemente os efeitos secundários nem as contraindicações. Às vezes dizem algo, porém de forma muito rápida.

A pílula confunde o organismo feminino?

O ciclo menstrual da mulher é um sistema muito sofisticado que muda constantemente. Responde ao meio interno e externo e nos informa mensalmente como manejarmos nossas vidas. A pílula suprime esse ciclo e, além dos muitos efeitos secundários mencionados antes, têm um efeito mortal em nossa capacidade de saber o que acontece com nossa vida a nível físico e emocional. Mascara os sintomas de problemas de saúde confundindo-nos. Pode ser que não detectemos sinais de problemas de saúde ou assuntos emocionais tão rapidamente como quando temos um ciclo normal. Também distorce a passagem pela menopausa, privando-nos de um dos momentos psico-espirituais mais importantes na vida de uma mulher.

PÍLULA E FEMINISMO: Esclarecendo conceitos
Porque tantas vezes, quando alguém ataca a pílula, os setores feministas se sentem igualmente atacados?

Suponho que nos referimos aqui às atitudes antifeministas e patriarcais. Hoje em dia a pílula se considera sinônimo de anticoncepção. Desafortunadamente, existe uma grande ignorância sobre outras formas anticonceptivas, assim que quando se questiona a pílula parece que estamos questionando a própria anticoncepção, dai a reação. É muito triste que não anime às mulheres a conhecer o funcionamento de seu próprio ciclo menstrual, negando-se assim a oportunidade de experimentar o método anticonceptivos mais poderoso, o conhecimento de sua própria fertilidade. Com esse conhecimento as mulheres tem verdadeiro controle sobre os seus corpos e a capacidade de escolher desde sua posição de poder. Assume-se hoje em dia que as mulheres são incapazes de manejar sua fertilidade por si mesmas e tem que ser controladas pela medicina. Essas idéias pertencem ao século XIX, não ao século XXI. Temos que modificar as atitudes negativas sobre a menstruação e resgatar nosso ciclo menstrual ou ciclo fértil como recurso exclusivamente feminino que, uma vez compreendido, proporciona não somente ferramentas anticonceptivas como também um método de auto-conhecimento e controle pessoal.

A entrevista com Alexandra Pope foi publicada na The Ecologist.
Para maiores informações visite: http://www.wildgenie.com/alexandra_pope_fs.html


No próximo post falarei sobre como podemos usar nossa menstruação como forma de auto-conhecimento, culto a nossa femininidade, resgate desse ciclo sagrado e independência de toda e qualquer forma externa de controle ao nossos corpos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Faça-você-mesmx: Absorvente Menstrual Ecológico

Esses são da lojinha da Princesa Livre, compre aqui.

O absorvente menstrual ecológico é um absorvente de tecido, portanto lavável e reutilizável. É o antigo paninho da vovó, mas numa roupagem mais moderna e bonitinha.
Ele vem sendo 'resgatado' como uma alternativa aos absorventes descartáveis, esses que além da questão ambiental, contém diversos componentes químicos nocivos ao útero. Dentre eles a Dioxina, Cloro e o Gel que com o abafamento gera elevação da temperatura normal do períneo causando a proliferação de fungos e bactérias podem causar infecções. Fazem também o Sangue ficar com aquele odor desagradável, tornando o aparelho reprodutor feminino fraco e viciado a aquelas substancias químicas, chegando a aumentar o fluxo menstrual. Faça uma conta simples: quantos absorventes você usa por ciclo? Em média cada mulher usa por volta de 400 absorventes/ano.

Há vários sites que vendem os absorventes ecológicos, mas achei um pouco salgadinho os preços. Então, pesquisei e achei um vídeo que explica como fazer o seu em casa! Sai muuuuito mais em conta e com pouco dinheiros dá pra fazer vários! Logo eu posto as fotos dos meus, ainda vão ser confeccionados.

As vantagens:
- Por ser 100% de pano, é biodegradável, ou seja, não vai demorar 100 anos pra se decompor na natureza como os absorventes descartáveis e você não vai estar gerando mais lixo inútil pro planeta.
E além do mais o Sangue Menstrual tem poder, é uma benção divina e pode gerar um ser humano; ele é rico em nutrientes e você pode usá-lo para regar as plantas de casa.

- Não te deixa assada. Mulheres que fazem o uso dele a vários anos e que tinham muito problema com os absorventes descartáveis porque assavam MESMO, de fazer feridinhas, relatam que depois que passaram a usar os abios, houve uma melhora significativa.

- Não cheira mal. O contato do sangue com o absorvente descartável produz um cheiro extremamente desagradável (pelo menos eu acho) porque ele sofre vários processos de branqueamento sem contar naqueles cheiros artificiais horríveis, que não é o caso do absorvente de pano.

- Sai muito mais barato do que o absorvente normal. Se bem cuidados, podem durar até 5 anos ou mais.

- É fácil de fazer, como explica esse vídeo abaixo:


Aqui mais um passo-a-passo SUPER bem explicadinho (com fotos)!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013